Com agenda em Santa Maria, senador Hamilton Mourão participa de programa do Grupo Diário; veja como foi entrevista

Com agenda em Santa Maria, o senador do Rio Grande do Sul, Hamilton Mourão (Republicanos), participou do programa Bom Dia, Cidade na manhã desta sexta-feira (21). Na entrevista com os jornalistas Rogério Kerber e Caroline Souza, ele falou sobre as atividades na cidade, o trabalho da comissão externa do Senado para auxiliar o Rio Grande do Sul após as fortes chuvas e uma justificativa sobre a ausência no Estado, que repercutiu na mídia.

Mourão também comentou sobre a situação da Escola de Sargentos das Armas (ESA) e o Projeto de Lei (PL) 5.064/2023, que concede anistia para brasileiros envolvidos nos ataques de 8 de janeiro em Brasília.

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Auxílio ao Rio Grande do Sul

Atualmente, Mourão é relator da comissão temporária externa do Senado Federal que trabalha em proposições para auxiliar o Rio Grande do Sul após as fortes chuvas registradas entre final de abril e início de maio. Além dele, fazem parte do grupo os senadores Paulo Paim (PT) e Irineu Orth (PP). O trabalho realizado pelos parlamentares é destacado por Mourão:

– Nossa comissão foi instalada no dia 7 de maio, ou seja, logo após o início da tragédia. Por decisão do presidente do Senado, ela é composta pelos três senadores do Rio Grande do Sul. Paim é o presidente. Irineu é o vice e eu sou relator. Contamos com mais cinco senadores, que são dos blocos parlamentares existentes dentro do Senado e de outros Estados. Isso é muito bom, porque eles têm a oportunidade de ver in loco a verdadeira situação do Rio Grande do Sul, porque uma coisa é ver imagens, outra coisa é ter contato com a região. 

Conforme o senador, duas diligências externas já foram realizadas pela comissão, sendo uma na região da grande Porto Alegre e outra no Vale do Taquari, além de audiências públicas em Brasília. Na semana passada, o grupo também teria encaminhado oito projetos para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSB), que podem passar por comissões específicas ou ir diretamente para votação no plenário. 

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Embora faça parte da comissão, Mourão teria se envolvido em polêmicas durante o mês de maio ao tentar justificar a ausência em ações no Rio Grande do Sul. Em entrevista para uma emissora da capital, o senador foi questionado sobre o que poderia fazer para ajudar e teria respondido que “encaminhar recursos”. Além de citar a atual idade (70 anos), Mourão teria dito que considerava um “desvio de função” estar na rua salvando pessoas. 

– Sempre digo que a crítica faz parte da atividade política. Assim, como você vai ser aplaudido e abraçado, tem gente que irá vaiar. Isso faz parte. Agora, considero que essas críticas foram injustas. Em primeiro lugar, porque eu estava aqui no Estado no começo da tragédia. Estávamos em reunião na Assembleia Legislativa com toda a bancada, quando pediram para evacuar o centro de Porto Alegre. Para poder retornar a Brasília, peguei um carro até Florianópolis e consegui pegar um voo. Então, qual é o meu trabalho como senador? Não é ser brigadista, soldado, socorrista. A minha tarefa específica é buscar e construir junto com os meus colegas de Senado projetos de lei que permitissem que o Estado recebesse recursos. É um trabalho constante, de convencimento e que precisa ser feito em Brasília. Foi isso que eu coloquei e obviamente teve gente que achou que não. Que eu devia estar aqui. Paciência! – afirmou Mourão à Rádio CDN. 

Recursos para a Região Central 

Durante a entrevista, Mourão também mencionou a destinação de recursos para o Estado, principalmente para a Região Central.

– Aqui na Região Central, eu mandei um total de R$ 6,5 milhões destinados a compra de maquinário, investimento e custeio da saúde, assistência social, pavimentação urbana, recursos direto para a prefeitura, que são as chamadas transferências especiais. Para Santa Maria, especificamente, são R$ 3 milhões. R$ 750 mil, que são das minhas emendas individuais e o resto é em parceria com os outros parlamentares – relata o senador. 

Anistia

Mourão protocolou em 19 de outubro de 2023 o Projeto de Lei (PL) 5.064/2023, que concede anistia para brasileiros envolvidos nos ataques de 8 de janeiro em Brasília. O texto gerou diversas discussões dentro e fora do Senado. Conforme o parlamentar, o projeto em questão ainda está em análise na Comissão de Defesa da Democracia. Durante a entrevista, Mourão justificou a proposta:

– Anistia é uma tradição aqui no Brasil. Se pensarmos no grande conflito que tivemos no nosso Estado, que foi a Revolução Farroupilha e durou 10 anos, terminado o conflito foi todo mundo anistiado. Acho que as penas que estão sendo impostas às pessoas que participaram daquela lamentável baderna são muito acima do razoável. Quando se condena uma senhora de mais de 70 anos a 17 anos de cadeia dizendo que ela era uma perigosa terrorista e que estava tentando dar um golpe de Estado, para mim, há uma distorção total do que venha a ser uma efetiva tentativa de golpe. O nosso projeto é claro no seguinte sentido: quem participou da marcha e está sendo acusado única e simplesmente de tentativa de golpe de Estado, que seja anistiado. Agora, quem foi surpreendido quebrando, que seja punido de acordo com a gravidade do crime que cometeu. 

 Assista a entrevista completa: